As árvores anunciam chuvas

Cafeeiro.
Florestas de clima temperado são encontradas no Canadá, Estados Unidos, Cordilheira dos Andes, Escandinávia junto com toda a Europa do Norte, Rússia, Alpes e Pirineus. Outros bosques característicos de regiões com baixas temperaturas estão localizadas nos Alpes australianos, no Himalaia, na região montanhosa da China, no Norte do Japão, nos Atlas marroquinos, nos Montes Zagros, localizados no Irã, no leste da África do Sul, na Etiópia, enfim em todas as extensões de terreno onde as temperaturas no verão não ultrapassam os 22º, 23º e no inverno caem abaixo de 0º.
Mas de nada serve conceituar em cima de uma fitogeografia global quando nos esquecemos dos micro climas. Os paisagistas que projetam jardins urbanos devem levar em conta as alterações de temperatura, umidade e pressão atmosférica do bairro onde estão trabalhando. Existem ocasiões em que o relevo dessa seção da cidade é tão irregular, que apresenta diferenças climáticas em poucos quarteirões: edificações altas, ou pelo contrário circunvizinhanças compostas por residências assobradadas podem mudar a insolação de um jardim. Um parque com árvores adultas ou uma rua bem arborizada, mantém as temperaturas máximas e mínimas mais próximas e a umidade mais alta. Terrenos localizados nos pontos mais altos sofrem a incidência dos ventos de forma intensa, se comparados com aqueles de fundo vale. A inclinação do terreno também irá afetar diretamente nosso jardim, as encostas voltadas para o Norte recebem mais luz e calor, isto vai permitir a utilização de uma vegetação com essas necessidades, mas se, contrariamente, o talude estiver orientado para a fase Sul, irá receber pouca radiação solar, mantendo a umidade do solo alta. Em situações como esta prefira: Schinus terebinthifolius, Acacia podalyriifolia, Russelia equisetiformis, Bauhinias, Calliandras, Parkinsonia aculeata, amoreiras, etc.
É interessante ressaltar que as regiões centrais das metrópoles modernas são sempre mais quentes que seus subúrbios, e é durante a noite que esta diferença se torna mais acentuada. Cidades como Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre ou Salvador servem para exemplificar esta realidade. Os cariocas que moram na Tijuca, por exemplo, podem usufruir durante o período noturno de temperaturas até 8º mais baixas, que aqueles que residem na área central do Rio. Com certeza, a situação em Brasília é parecida se compararmos as quadras próximas a Esplanada dos Ministérios com algum bairro nas cercanias do Lago de Paranoá. Belo Horizonte, em um vale 850m acima do nível do mar, sofre de temperaturas mais altas que as da Pampulha, reforçando a tese. Já São Paulo, a cidade mais populosa do país, talvez nos mostre maiores discrepâncias no que tange a temperatura noturna: a região central (Sé, Anhangabaú, Glicério, etc.) chega a registrar, em algumas noites do mês de janeiro, temperaturas de até 12º superiores aquelas marcadas pelos termômetros em bairros como Morumbi, Santana ou Jabaquara.
As ilhas de calor, nas regiões centrais são causadas pelo asfalto, concreto, queima de combustível e pouca vegetação. Prédios e calçamentos absorvem calor mantendo a temperatura alta noite adentro. Em contra partida, o jardim, embora também absorva a radiação solar, acaba por esfriar o ambiente gastando grande parte dessa energia na transpiração e na evaporação. Somente nas madrugadas a cidade e as vizinhanças registram temperaturas similares.
Algumas curiosidades:
  • Angico soltando muita resina, sinal de chuva.
  • Cajueiro com florada adiantada, ano seguinte com chuva.
  • Pau-d’arco-roxo com flor no meio do ano e segurando a carga é sinal de chuvas.
  • Mangueira com copa florida, boas chuvas; carregada só por baixo, pouca chuva.
  • Aroeira que segura sua carga, chuvas boas.
  • Se a timbaúba muda as folhas por igual, chuvas.
  • Cafeeiro com folha macia em outubro, sinal de chuvas; folhas ásperas, seca.
  • Casca de árvore cheia de água em novembro e dezembro, chuvas.
  • Barriguda bem florida em setembro, bom ano de chuvas.Link
  •                                                                Raul Cânovas

Curiosidades sobre árvores

1. Figueira mata pau – a árvore assassina – A figueira mata pau é dispersa por aves e macacos. Quando eles defecam, as sementes frequentemente caem em um galho de outra árvore e começam a se desenvolver. As folhas procuram a luz enquanto as raízes buscam o solo. Durante o processo a árvore hospedeira é envolvida em um abraço mortal. 
A pressão exercida pela figueira é tão grande que a outra planta não consegue mais transportar seiva e acaba perecendo. Ela pode ser encontrada em regiões tropicais pelo mundo, incluindo o Pantanal, a Mata Atlântica e Amazônia


2. Castanheira, a prova de que tudo na natureza está conectado – O fruto da castanheira (do Pará), chamado de ouriço, abriga sementes ricas em gordura e nutrientes em seu interior. No entanto, sua casca é tão dura que é impossível de ser aberta pela maioria dos animais. Porém, um pequeno mamífero de dentes fortes é capaz de fazer um buraco nessa armadura impenetrável. A cutia pode encontrar até 30 castanhas lá dentro, o que é muito para comer de uma vez só. 
As sobras são enterradas na terra, para uma refeição posterior. Mas a memória do pequeno roedor não é perfeita: algumas sementes são esquecidas no solo da floresta amazônica e darão origem a uma nova geração. O ouriço é deixado no chão e, quando começa a temporada de chuvas, se enche de água – a partir do buraco deixado pela cutia – e se transforma em um berçário para sapos e insetos. Nada é desperdiçado

3. Embaúba, a pioneira – Quando uma clareira é aberta na floresta, as embaúbas são as primeiras árvores a ocupar o espaço. Possuem folhas largas, capazes de captar muita luz, aumentando a taxa de fotossíntese e, consequentemente, de crescimento. Seus frutos são atraentes para muitas espécies de aves e macacos. 
Na base de cada folha existe uma glândula de açúcar, um atrativo para formigas, que acabam se instalando no tronco oco da planta. Em troca, o exército de pequenos insetos irá proteger a planta contra os herbívoros. A embaúba é encontrada desde o México até o norte da Argentina

4. Ipê, uma explosão de cores – A floração dos ipês anuncia a primavera no Brasil. No final de agosto ou começo de setembro, as cidades e os campos são tomados por uma sucessão de cores. 

Primeiro são os roxos, depois os amarelos, brancos e finalmente os rosas. Cada árvore fica florida durante uma semana, aproximadamente. Então as flores caem, dando um colorido especial ao chão


5. Cipreste mexicano, a árvore mais larga – A planta mais “gordinha” do planeta é um cipreste mexicano. Com 36 metros de cintura, a Árvore de Santa María del Tule, localizada no estado de Oaxaca, México, ganhou um lugar no  Guinness, o livro dos recordes, como a árvore com maior circunferência do mundo

6. A mais alta árvore do mundo – Hyperion – Uma sequóia gigante de 115 metros, está localizada no norte do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos. A Hyperion foi descoberta no Parque Nacional Redwood, ao norte de São Francisco, no fim do ano passado por uma equipe de cientistas americanos, que se dedicou a percorrer as florestas localizadas na região litorânea da Califórnia.
Segundo o naturalista Chris Atkins, os cientistas já encontraram cerca de 135 sequóias que chegam a mais de 100 m. O descobrimento surpreendeu os especialistas, porque estes não esperavam encontrar mais árvores de grande porte nesta zona.Link


Fonte: 

Árvores famosas

1 – Baobab Bule – Madagascar –  Assume a forma de garrafa e também se parece com bule, por isso que seu nome tem bule. Esta árvores está localizada em  Ifaty , Madagascar. Tem cerca de 1200 anos e capacidade de armazenar mais de 117.000 litros de água. Pode suportar condições de seca severa.


2 – Boab Prison Tree – Austrália – A prisão Árvore Boab é um grande Adansonia gregorii (Boab) oca localizada ao sul de Derby, Austrália Ocidental . Ela tem a fama de ter sido usada na década de 1890 por prisioneiros australianos indígenas em caminho a Derby para condenação.

Agora, é uma atração turística. Nos últimos anos, uma cerca foi erguida ao redor da árvore para protegê-la de vandalismo

3 – Cotton Tree – Serra Leoa – A árvore de algodão é uma Ceiba pentandra (tropical), um símbolo histórico de Freetown , capital de Serra Leoa. Segundo a lenda, o “Cotton Tree” ganhou importância em 1792, quando um grupo de ex-escravos afro-americanos, ganharam a sua liberdade lutando para os britânicos durante a Guerra da Independência Americana.

Segundo a tradição, eles desembarcaram no litoral e caminharam até uma árvore gigante acima da baía e realizaram uma ação de graças, reunindo ao redor da árvore, orando e cantando hinos para agradecer a Deus por sua libertação. Sua idade exata é desconhecida, mas sabe-se ter existido em 1787.


4 – Sunland Baobab – África do Sul –  É uma enorme baobá conhecido (Adansonia digitata) na África do Sul. A árvore está localizada na Sunland Farm (Platland Farm), perto Modjadjiskloof, província de Limpopo. O Big Sunland Baobab é conhecido por seu tronco oco. Tem cerca de 1060 anos de idade. 

O tronco da árvore consiste em duas partes conectadas. Cada uma destas partes tem a sua própria oca ligadas por uma passagem estreita. Diâmetro da árvore – 10,64 metros, altura de 19 metros e diâmetro da copa – 30,2 metros. Circunferência do tronco – 33,4 metros

5 – Árbol del Tule – México – É uma árvore localizada no terreno de uma igreja, no centro da cidade de Santa Maria del Tule , no estado mexicano de Oaxaca, a cerca de 9 km a leste da cidade de Oaxaca. Em 2001, foi colocado em uma lista provisória  do Património Mundial da UNESCO.

É um cipreste de Montezuma (Taxodium mucronatum), ou Ahuehuete (que significa “velho homem da água” na língua local). Ele tem o mais robusto tronco de qualquer árvore do mundo.  Em 2005, seu tronco tinha uma circunferência de 36,2 m, o que equivale a um diâmetro de 11,62 m.

6. Cajueiro de Pirangi – Rio Grande do Norte – Brasil – O maior do mundo, registrado no Guiness Book, é uma das atrações de quem visita o Rio Grande do Norte no período de alta temporada. É nesta época que a árvore gigante começa a florescer e, em janeiro, aparecem os primeiros frutos.

Segundo a Prefeitura de Parnamirim, a árvore tem 121 anos e foi plantada por um índio. Estudos apontaram que o cajueiro tem uma planta central e que seus galhos cresceram lateralmente, gerando outras ramificações com raízes de até 10 metros de profundidade.

Segundo dados municipais, o cajueiro já se espalhou por uma área de 8.500 metros quadrados e seu crescimento é explicado pela conjunção de anomalias genéticas. Os galhos crescem esparramados para os lados, se curvam devido ao peso, chegam ao solo e criam raízes. 

Depois, crescem para cima como se fossem troncos de um novo cajueiro –estudos genéticos realizados em galhos e troncos que saem da planta central, porém, apontaram que eles são geneticamente iguais.


7. Em uma área protegida no alto das Montanhas Brancas no leste da Califórnia, 25 quilômetros a leste de Bishop, você pode encontrar as mais antigas árvores vivas do mundo. Com uma beleza encantadora e retorcida, ospinheiros Pinus longaeva, conhecidos em inglês como “bristlecones” (palavra que pode ser traduzida como “cones de cerdas”), têm entre 1.000 a cerca de 4.800 anos de idade.

É nesta floresta que fica também uma das mais antigas árvores da Terra, apelidada de “Matusalém” (em homenagem a Matusalém, a pessoa que viveu por mais tempo na Bíblia), com quase 5.000 anos de idade

No entanto, boa sorte em encontrá-la, já que sua localização exata não é revelada pelo Serviço Florestal dos EUA, para protegê-la de vandalismo.

8. A Árvore da Vida – é uma árvore solitária vive no meio do deserto do Bahrein há 400 anos. Sharajat-al-Hayat, como é chamada no idioma local, sobrevive no ambiente árido e continua crescendo, muito longe de qualquer outro sinal de vegetação.

A árvore tornou-se uma lenda, pois os habitantes locais acreditam que ali seria o verdadeiro local do Jardim do Éden e os beduínos creem que ela foi abençoada por Enki, o deus mítico da água.

Sua fonte de água permanece um mistério. Pesquisadores afirmam que as raízes são tão profundas e extensas que conseguem obter água de fontes que ficam a quilômetros de distância.Link

Dia da ÁRVORE

 Essa data foi escolhida em razão da chegada da primavera. Mas antes da escolha dessa data, acontecia no país, na última semana de março, a festa Anual das Árvores, instituída pelo presidente Castelo Branco, em 1965.
Mais adiante, a árvore ganhou um dia especial em virtude de sua importância para a vida humana e também com a chegada da primavera, onde ganham nova vida e abrem lindas flores que dão origem a novas árvores.
Com a chegada da primavera podemos ver as cidades mais alegres, pois essas se enchem de flores de todas as cores.
Muitos pensam que a árvore que simboliza o Brasil é o pau-brasil, em razão do nome, mas esse título cabe ao ipê-amarelo, uma das cores que representam o nosso país. O pau-brasil encontra-se em extinção, pois foi muito contrabandeado por ser uma madeira de cor avermelhada e de aparência nobre. Além dessa, o jacarandá, o mogno e o pinheiro também se encontram nas mesmas condições de extinção.
As árvores são plantas que possuem um caule lenhoso e são constituídas por raiz, caule, folha, flor, fruto e sementes. São elas que nos fornecem o ar que respiramos, além das frutas e outros tipos de alimentos; a madeira para construção de móveis, casas, objetos decorativos, cercas; também fornecem remédios; e a celulose, matéria-prima para a fabricação de papel.
Em face das necessidades dos homens em construir novas moradias e melhorar suas condições de vida, as árvores acabaram sendo alvo de destruição, pois grandes áreas foram desmatadas para a construção das cidades.
O contrabando de madeiras também fez com que grandes áreas fossem destruídas, principalmente na floresta amazônica, onde o acesso a outros países é mais fácil e próximo. Os prejuízos seriam menores se fossem plantadas novas árvores nos lugares das devastações, mas o tempo que levam para crescer é muito grande.
O homem precisa ter consciência de que as plantas também são seres vivos e que levam tempo para se desenvolverem. Uma árvore leva longos anos para ficar bem desenvolvida e algumas são tão velhas que são tombadas como patrimônio histórico, devendo ser preservadas.
Por Jussara de Barros Link