Alho-comum, alho-da-horta, alho-hortense, alho-manso; garlic e cultivated garlic (inglês); ajo (espanhol), ail (francês), aglio e aglio comune (italiano); ail (francês); hsiao-suan (chinês); lasan (hindu).
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
O alho-das-vinhas pode ser utilizado como substituto do alho comum. Transmite um sabor semelhante ao do alho ao leite e à carne do gado se este a consumir. É, por vezes, considerada uma erva-daninha, já que também altera o sabor dos cereais durante as colheitas, por influência dos bolbilhos aéreos.
A espécie foi introduzida na Austrália e na América do Norte, onde se tornou uma espécie invasora.
Alho-de-espanha (Allium scorodoprasum). O alho-de-espanha, alho-espanhol, alho-grosso-de-espanha, alho-mourisco, alho-rocambole ou, simplesmente, rocambole, (Allium scorodoprasum) é uma planta perene da família Alliaceae. É nativa da Europa. O bolbo subterrâneo é composto de bolbilhos de forma ovóide. As flores são vermelho-escuras ou púrpura. Pode ser usada em substituição do alho.
Classificação científica
Alho-do-campo – o mesmo que alho-do-mato
O alho-do-mato (Cipura paludosa), também conhecido pelos nomes de alho-da-campina, alho-do-campo, cebolinha-do-campo, coqueirinho, coquinho e vareta. Ainda pode ser designado pelos sinónimos botânicos de Cipura graminea H.B.K., Cipura humilis H.B.K. e Marica paludosa Willd. É uma planta da família das iridáceas, não tendo, por isso, qualquer proximidade taxonómica com o alho, a não ser a nível da ordem: Asparagales. É nativa das Guianas e do Brasil, onde é espontânea nos estados do Amazonas e da região Centro/Oeste até ao Rio de Janeiro. O caule (e não a raiz, como atestam algumas fontes) forma um bolbo compacto, carnudo e com o interior amarelado. Tem folhas lineares. As flores são azuis (flores amarelas são pertencentes à espécie (Cipura xanthomelas) e os frutos formam cápsulas.
É utilizada como planta medicinal. Já era usada tradicionalmente na região ribeirinha do estado de Rondônia para combater escrófulas, gonorreia e para a regulação da menstruação. Actualmente são estudadas as propriedades dos seus compostos bioquímicos entre os quais se encontram substâncias alcalóides, flavonóides e terpenos.Alho-mágico ou alho-negro (Allium nigrum L. ou Allium multibulbosum Jacq.) é uma planta do mesmo gênero botânico do alho. O seu caule é um bulbo de grandes dimensões. As folhas, paralelinérveas, são largas. As flores são brancas, rosadas ou esverdeadas. Em Portugal é espontânea no Centro e Sul do país.
Classificação científica
Reino: Plantae
Alho-espanhol – o mesmo que alho-de-espanha
Alho-francês – o mesmo que alho-porro
Alho-grosso-de-espanha – o mesmo que alho-de-espanha
Alho-macho – o mesmo que alho-porro
Alho-mourisco – o mesmo que Alho-de-espanha
Alho-negro – o mesmo que Alho-mágico
Alho-ordinário – o mesmo que alho (Allium sativum)
Alho-porro
História
O alho-porro era já utilizado pelos antigos Egípcios, Gregos e Romanos que depois levaram o vegetal a diversas partes da Europa.
É um dos símbolos nacionais do País de Gales, fazendo parte dos rituais do dia de São David, altura em que é tradição os galeses envergarem a planta. De acordo com a mitologia do País de Gales, São David ordenou aos seus soldados galeses, que envergassem a planta nos seus elmos numa batalha contra os Saxões que teria ocorrido num campo de alhos-porros. É provável que esta história tenha sido concebida pelo poeta inglês Michael Drayton mas sabe-se que a planta é um símbolo deste povo desde épocas antigas. Por exemplo, Shakespeare refere-se a tradição de envergar o alho-porro na sua peça Henrique V, onde Henrique diz a Fluellen que está envergando o alho porro “for I am Welsh, you know, good countryman” (“porque sou galês, bem sabes, caro compatriota”).
O alho-porro (português europeu) ou alho-poró (português brasileiro) (Allium porrum ou, segundo J. Gay Allium ampeloprasum var. porrum) é um vegetal que pertence à mesma família (Alliaceae) das cebolas e dos alhos. Existem ainda as variantes Allium ampeloprasum var. ampeloprasum, cultivado devido ao uso dos seus bolbos e o Allium kurrat cujas folhas são apreciadas no Egipto e Médio Oriente. É ainda conhecido pelos termos alho-francês, alho-macho, alho-poró, alho-porró, alho-porrô, poró, porro, porró, porrô, porro-bravo e porro-hortense.
Em vez de formar um bulbo arredondado, como a cebola, o alho-francês produz um longo cilindro de folhas encaixadas umas nas outras, esbranquiçadas na zona subterrânea, sendo esta a parte das folhas a mais utilizada na culinária, ainda que a parte verde também possa ser utilizada, por exemplo, em sopas. Para que o bulbo fique de cor branca é necessário proceder à “amontoa”, cerca de 30 dias antes da colheita. Tal operação consiste em soterrar quase por completo a planta.
São geralmente semeados em canteiros, em estufas, dos quais se retiram as mudas, que se podem encontrar no mercado e transplantar para hortas. Depois da muda, é uma planta particularmente resistente. Existe um conjunto de variedades particularmente adaptadas ao frio e que se mantêm prontas para consumo durante o inverno. É mais resistente à geada que a cebola. A planta adapta-se facilmente a qualquer tipo de solo, ainda que prefira solos pouco ácidos ou sensivelmente neutros. É aconselhável também que o solo seja bem drenado.
Em geral subdividem-se as variedades cultivares de alho-francês em alho-francês de inverno e de verão. Enquanto que o alho-francês de verão é plantado com vista a uma colheita rápida, o alho-francês de inverno é geralmente colhido até à primavera seguinte ao ano em que é plantado. As variedades de verão são geralmente de menor porte e têm um sabor menos intenso que as variedades de inverno.
Alho-porro
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Alliaceae
Género: Allium
Espécie: A. porrum
Nome binomial: Allium porrum
Culinária
De sabor mais suave que a cebola, o alho-francês é muito usado na culinária, sendo um ingrediente da famosa vichyssoise. Podem também ser utilizados crus em saladas.
Como símbolo do País de Gales, é compreensível que seja um alimento vastamente utilizado neste país.
Alho-porro (Allium porrum) ou porro-hortense (segundo alguns autores, pode ser considerado apenas como uma variante de Allium ampeloprasum)
Alho-porro-bravo (Allium ampeloprasum)
Alho-porro-bravo (Allium ampeloprasum) é a espécie que, segundo alguns botânicos, terá dado origem ao alho-porro (Allium porrum, ou Allium ampeloprasum porrum, se considerarmos este último apenas como uma varainte do alho-porro-bravo). Aliás, o seu nome vulgar, alho-porro-bravo denota essa mesma interpretação. O bolbo é constituído por vários bolbilhos de pequenas dimensões. As flores estão dispostas numa umbela grande com uma espata caduca na base. Os estames aparecem com filetes laterais sem antera e o do meio, com antera e mais curto.
Distribui-se, em Portugal, pelo centro e sul do país.
Alho porro bravo
Classificação científica
Reino: Plantae
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Alliaceae
Género: Allium
Espécie: A. ampeloprasum
Nome binomial: Allium ampeloprasum
Alho-rocambole – o mesmo que alho-de-espanha
Alho-rosado (Allium roseum)
Inflorescência, envolta em bráctea, de alho-rosado
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Alliaceae
Género: Allium
Espécie: A. roseum
Nome binomial: Allium roseum
O alho-rosado (Allium roseum, sendo ainda conhecido pelos sinónimos botânicos de Allium confertum (Jordan & Fourr.) Rouy; Allium corbariense (Timb.-Lagr.) Rouy e Allium ambiguum K. Richter) é uma planta perene, herbácea, da mesma família dos alhos e das cebolas. As suas inflorescências são umbelas hemisféricas, com uma espata na base que envolve a inflorescência quando jovem. As flores são pequenas (ainda assim, maiores que as da cebola ou do alho) com pétalas rosadas ou brancas e odorosas. O seu bolbo, ovóide ou subgloboso e composto de numerosos bolbilhos, nunca se desenvolve muito, tendo cerca de 2 cm de diâmetro. O bolbo é envolvido por uma túnica externa alveolada-pontuada e emana uma cheiro forte e persistente. A planta chega a atingir 65 cm de altura.
Ácido alfa-aminoacrílico; ácido fosfórico livre; ácidos sulfúrico; ajoeno (produzido por condensação da alicina); açúcares (fructose, glucose); alil; alil-propil; aliína (que se converte em alicina); aliinase; aminoácidos (ácido glutamínico, argenina, ácido aspártico, leucina, lisina, valina); citral; desoxialiina; dissulfeto de dialila; dissulfeto de dietila; felandreno; galantamina; geraniol; heterosídeos sulfurados; insulina; inulina; linalol; minerais (manganês, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, selênio, sódio, ferro, zinco, cobre); nicotinamida; óleo essencial (muitos componentes sulfurosos, dentre eles: disolfuro de alil, trisolfuro de alil, tetrasolfuro de alil); óxido dialildissulfeto; polissulfeto de dialila; prostaglandinas A, B e F; proteínas; quercetina; sulfetos de vinil; trissulfeto de alila; vitaminas (A, B6, C, ácido fólico, pantotênico, niacina).
100 g de alho contém aproximadamente:
Água: 59 g; Calorias: 149 kcal; Lipídios: 0.5 g; Carboidratos: 33.07 g; Fibra: 2.1 g; Manganês: 1672 mg; Potássio: 401 mg; Enxofre: 70 mg; Cálcio: 181 mg; Fósforo: 153 mg; Magnésio: 25 mg; Sódio: 17 mg; Vitamina B-6: 1235 mg; Vitamina C: 31 mg; Ácido glutamínico: 0,805 g; Argenina: 0,634 g; Ácido aspártico: 0,489 g; Leucina: 0,308 g; Lisina: 0,273 g;
Propriedades medicinais:
Amebicida, antiagregante plaquetário, antiasmática, antibiótico, antifúngica, antigripal, anti-hipertensiva, anti-inflamatório, antimicrobiana, anti-reumática, anti-séptica, antitóxica intestinal, antitrombóbita, antiviral, digestiva, excitante da mucosa estomacal, bactericida, bactericida intestinal, carminativa, depurativo do sangue; desinfectante, digestiva, diurética, emoliente, estimulante, excitante da mucosa estomacal, expectorante, febrífugo, hepatoprotetora, hipoglucemiante, hipolipemiante (inibe a síntese de colesterol e triglicerídeos), hipoviscosizante (reduz a viscosidade plasmática); odontálgica, rubefasciente enérgico, sudorífera, vasodilatadora periférica, vermífuga (solitária e ameba).
Indicações:
Acne, afecções da pele, afecções nervosa e histérica, ácido úrico, afecções genitourinárias (cistite, uretrite, pielonefrite, urolitíase); afecções respiratórias (abcessos pulmonares, asma, bronquite, coqueluche, defluxo, enfisema, faringite, gripe, pneumonia, resfriado, tuberculose); angina, arteriopatias, arteriosclerose, artrite, calcificação das artérias, cálculo na bexiga, calos, caspa, catarro, coadjuvante em tratamentos de diabetes, cólera, colesterol alto, dermatomicose, diabetes, diarréia, difteria, distúrbios intestinais, doenças cardíacas, dores de cabeça, dores de dente, dores de ouvido (+surdez), edemas; enfermidades do fígado, dos rins e da bexiga; enxaqueca, escorbuto, esgotamento, estimulação do sistema imunológico, falta de apetite, febre, ferimentos (prego enferrujado, espinho, madeiras, vidros e materiais plásticos), gangrena pulmonar, gota, hemoptise, hemorróidas, herpes, hidropisia, hiperglicemia, hiperlipidemias, hiperqueratose, hiperuricemia, hipocondria, histeria, impingem, impurezas na pele, infecções bacterianas, infecções fúngicas, insônia, intoxicação nicotínica, manchas da pele, melancolia, menopausa, micose, nefrite, nervosismo, obesidade, palpitações cardíacas, paralisação do fígado e do baço, parasitose intestinal, paludismo, parodontopatias, picadas de insectos (comichão e dor), pressão alta, pressão baixa, prevenção de disenterias amebianas, prevenção de tromboembolismos, prisão de ventre, problemas circulatórios, retinopatia, reumatismo, rouquidão, sarda, sarnas, sensação de medo, sífilis, sinusite, tifo, tinha, tosse, triglicerídeos altos, tumores, úlceras, varizes, vermes, verrugas.
Últimas tendências: anticancerígeno (os compostos de enxofre e o flavonóide quercetina parecem ser os responsáveis pela prevenção do aparecimento de células cancerosas no estômago, fígado, etc.).
Contra-indicações/cuidados:
contra-indicado para lactantes (pode provocar cólicas no ventre do lactente), recém-nascidos, pessoas com pressão baixa, com problemas estomacais e de úlceras, pessoas com dermatites, com acidez de estômago, hipertireoidismo, hemorragias activas, pré e pós-operatórios, trombocitopenia, tratamento com anticoagulantes tipo warfarina ou com hemostáticos (especialmente as formas extractivas), alguns medicamentos para controlar o nível de açúcar no sangue e alguns anti-inflamatórios.
O óleo essencial puro por via oral é contra indicado para gestantes, lactantes, crianças, pacientes com hipersensibilidade.
Consulte sempre um médico, caso você esteja a fazer uso de algum medicamento.
Efeitos colaterais:
Em excesso, pode causar problemas digestivos, de estômago, dores de cabeça, dores nos rins, cólicas, vómitos, diarreia, tontura; problemas de sangramento ou de coagulação sanguínea, irritação intestinal. Por via externa pode produzir dermatite de contacto. O óleo essencial puro pode provocar náuseas.