Por uma nova vida

No coração da metrópole, nos seus arredores arborizados, na encosta íngreme de um morro no litoral. Em diferentes momentos de sua trajetória, as pessoas desta reportagem descobriram como construir ou morar de forma mais harmônica, com todo o respeito que o planeta merece

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TEMPO PARA CONTEMPLAR 
Depois de quase 40 anos vivendo uma rotina agitada fora do Brasil, como funcionária da Unesco, Maria Helena Fernandes da Trindade Henriques Mueller, a Mena, optou por uma experiência diferente: morar em um lugar isolado, de natureza exuberante. Acabou em uma ilha em frente a Paraty, RJ. Para que a casa tivesse boa insolação e vista deslumbrante, foi preciso vencer as dificuldades que o terreno íngreme impunha à implantação. Havia ainda outros desafios: o transporte dos materiais, as chuvas, a mata densa. A fim de conseguir uma construção típica paratiense, porém contemporânea, a arquiteta Bela Gebara lançou mão de soluções como as janelas de folhas basculantes, erguidas com um jogo de corrediças, segundo a lição caiçara. Outra solução sustentável e amistosa foi a contratação de mão de obra local para parte da empreitada, comandada pelo engenheiro Silvio Barana. Missão cumprida, Mena agora não perde um pôr do sol. 
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COM VISTA PARA O VERDE Um condomínio arborizado a 30 minutos de São Paulo atraiu o casal Karin Fromm e Rodrigo Leão para uma casa que foge aos padrões do mercado, mas vai ao encontro de soluções de preservação ambiental. Em seus 174 m², não há suítes – o piso superior apresenta quatro quartos do mesmo tamanho, servidos por dois banheiros. Dependências de empregados também não constam da planta. “O programa enxuto faz parte da proposta de menor impacto ambiental”, explica a arquiteta Cristina Xavier, que trabalhou em conjunto com o engenheiro Hélio Olga no projeto. Outra vantagem: mesmo pré-fabricada, a morada permite diferentes arranjos. O casal, por exemplo, criou na sala um escritório independente (abaixo). Implantadas em um lote de 12 mil m², as oito construções do condomínio tiram proveito da iluminação e ventilação naturais e usam energia solar para aquecer a água. “Quando vimos a casa, nos encantamos. Achamos o conceito muito inteligente”, diz Karin. 
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CULINÁRIA AO AR LIVRE Dona do restaurante vegetariano Zym, na Vila Ipojuca, em São Paulo, a chef de cozinha Cláudia Mattos pode se abastecer de ingredientes vindos de sua própria horta orgânica. E é nessa horta, regada com água da chuva e adubada com terra de composteira, que ela dá aulas de culinária. O casarão em que mora, recebe os alunos e mantém o restaurante foi reformado pelo marido, o arquiteto, radiestesista e artista plástico Manuel Goulart Mattos, o Manu. Quando Cláudia não está ali, certamente pode ser encontrada em algum congresso patrocinado pelo movimento Slow Food, que nasceu na Itália como resposta ao fast food e hoje é uma instituição presente em 134 países – o Brasil inclusive. O cuidado da chef com a alimentação vem de uma consciência adquirida nos tempos de bailarina. “Tudo começa pelo corpo: o que você ingere, a maneira como faz isso e como trata a si mesmo”, acredita. 
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BUSCA POR SIMPLICIDADE Quem vive em uma metrópole complexa como São Paulo não precisa negar espaço a atividades e atitudes que trazem mais calma ao dia a dia – e menos impacto ao meio ambiente. A designer Joana Amador e o jornalista Denis Russo Burgierman moram em um apartamento térreo, o que torna possível desfrutar de um pequeno jardim. “Era importante para nós ter um quintalzinho em casa”, conta Denis. Pois o quintalzinho permite que eles cultivem vasos de capim-cidreira e manjericão e até mantenham uma composteira para transformar o lixo orgânico em adubo. Dentro, as paredes são repletas de referências a Olinda, PE, terra de Joana. “Quando vou para lá, trago um monte de lembrancinhas na mala”, conta. Esse jeito simples de viver extrapola os limites do prédio: há três anos, ambos trocaram o carro por bicicletas para se deslocar pela cidade sem sofrer (nem contribuir) com o trânsito. *Eliana Medina, Joana L. Baracuhy, Liane Alves, Luciana Benatti e Zizi Carderari


Receba FLORES…

As flores e a qualidade de vida no ambiente de trabalho

Pesquisas feitas pela A&M da Universidade do Texas revelam que receber flores e plantas como demonstração de gratidão melhoram o estado de humor, melhoram a habilidade de memorização e elevam a produtividade dos funcionários, especialmente das secretárias.
A pesquisa demonstrou que as flores e plantas aumentam a habilidade das pessoas em gerar idéias criativas e a resolver problemas. “Nossos estudos mostram que a presença de flores e plantas no ambiente de trabalho pode ser muito compensador para os negócios no cenário competitivo que vivemos,diz Roger Ulrich, Ph.D, que comandou a pesquisa da A&M Universidade do Texas. “A produtividade pessoal, a inovação e a criatividade na solução de problemas tem sensível melhoria – o que em certas circunstancias pode significar a diferença entre pequenos e grandes resultados no mundo corporativo”.
Rebecca Cole, autora do estudo “O poder das flores” e apresentadora do programa “Surpreendendo com flores” do Discovery Channel, complementa com a alegação de que “dar flores é uma marcante, orgulhosa e sofisticada maneira de dizer: eu aprecio o que voce faz!”. Trata-se de uma maneira perfeita para construir uma forte relação de fidelidade e comprometimento entre o funcionário e a empresa.
Fonte: Augusto Aki (Assessoria para Negócios com Flores)