Muros diferentes

Mais do dividir ambientes, os muros também podem servir de tapume, jardim vertical e até para apoio para cascatas.

Muro de concreto é coisa do passado: nas construções atuais, materiais diferentes – como vidro, madeira e pedras – dão um toque a mais na arquitetura, além de ampliar o uso da estrutura: mais do que dividir espaços, os muros também podem abrigar jardins verticais, cascatas e servir de tapume. Link

Muros diferentes

Por Nádia Sayuri Kaku

Mais do dividir ambientes, os muros também podem servir de tapume, jardim vertical e até para apoio para cascatas.

Muro de concreto é coisa do passado: nas construções atuais, materiais diferentes – como vidro, madeira e pedras – dão um toque a mais na arquitetura, além de ampliar o uso da estrutura: mais do que dividir espaços, os muros também podem abrigar jardins verticais, cascatas e servir de tapume. Link

Aproveitando a diferença

O jardim foi planejado com a preservação e integração das espécies já presentes no terreno

Foto: Tatiana Villa | Para manter a harmonia com a vegetação 
Ao planejar o projeto paisagístico desta residência localizada na Serra da Cantareira, na capital paulista, o engenheiro agrônomo e paisagista Luiz Felipe Rudge Leite, de São José do Rio Preto, SP, preservou todas as espécies existentes no terreno, já que o lugar integra uma área de proteção ambiental.

Foto: Tatiana Villa | Canteiro com nandina
“Justamente por ser uma região de serra, há um declive muito acentuado nos fundos do lote. Diante disto, o jardim foi criado em cinco patamares”, esclarece.

Foto: Tatiana Villa | Continuação do canteiro, agora acompanhado 
A ideia principal foi projetar a área verde em “cascata” para aproveitar o desnível, formar planos e evitar uma grande aglomeração de plantas. “Os planos são bem marcados, sendo que um complementa o outro sem esconder ou tirar a visão”, descreve.
Foto: Tatiana Villa | Caixas de ferro foram usadas como floreiras, 
Para manter a harmonia com a vegetação existente, foram adotadas espécies com folhagem vistosa, como estrelítzia (Strelitzia reginae), mil-cores (Breynia disticha) e bambu-mossô (Phyllostachys pubescens).
Foto: Tatiana Villa | A alpínia esconde a casa de máquinas que fica 
As bordaduras e a passarela de madeira delimitam o jardim junto à fachada. Esse material também foi empregado em forma de dormente para dar acabamento ao canteiro com nandina (Nandina domestica) e estrelítzia.

Foto: Tatiana Villa | Alpínia
Alpínia

O nível mais alto abriga um pequeno solário, cujo chão é revestido por pedriscos. Caixas de ferro foram usadas como floreiras, onde estão dispostos fórmio (Phormium tenax), agave-dragão (Agave attenuata) e azulzinha (Thunbergia grandiflora).

Foto: Tatiana Villa | Agave-dragão
Agave-dragão

“Cada planta foi escolhida considerando porte, forma de crescimento e importância para aquele local. Por exemplo, a alpínia (Alpinia purpurata) esconde a casa de máquinas que fica ao lado da escada”, relata Leite.

Foto: Tatiana Villa | Estrelítzia
Estrelítzia

Foto: Tatiana Villa | Nandina